Ministros do Meio Ambiente e da Justiça estiveram ontem em visita, junto com o governador, ao município de Sinop, onde será montada força-tarefa
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Da Reportagem/Sinop
Os recentes números divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre o desmatamento em Mato Grosso abalou as estruturas do governo federal e trouxe a Sinop, ontem, os ministros Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, e José Eduardo Cardozo, da Justiça, o governador Silval Barbosa e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, que chegou à cidade um dia antes.
A comitiva veio ver de perto a situação agravante que assola o Estado, que tem, segundo o Inpe, dos 593 km2 desmatados registrados na Amazônia Legal, entre agosto de 2010 e abril de 2011, 480,3 km2 em seu solo. A ministra cobrou diretamente do governador Silval empenho para que até julho os índices de desmate cheguem à marca zero. “O governador assumiu um compromisso público, que já era um compromisso dele, de redução de desmatamento ilegal para zero e queremos alcançar esses índices até julho”, cobrou.
A titular do Ministério do Meio Ambiente veio divulgar o reforço que a operação Disparada - lançada no final de março para combater a criação de gado em áreas embargadas - ganha a partir de agora, com o apoio direto das Forças Armadas, Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Exército, além de mais fiscais do Ibama.
Izabella Teixeira destacou que 62% dos municípios mato-grossenses estão reduzindo o desmatamento e aqueles que estão no topo da lista representam 15% da área registrada.
“A maior parte dos municípios do estado de Mato Grosso apresentou redução do desmatamento. Tivemos uma ação concentrada em 15% dos municípios em uma determinada região que vamos ver isso”, ressaltou. “O estado de Mato Grosso tem produção sustentável, mas infelizmente tivemos uma situação com pico de desmatamento único, de 407 km2, [480,3 km2, segundo Inpe] e estamos todos juntos, governo federal juntamente com governo do Estado, trabalhando em campo para prevenir novos desmatamentos ilegais e tratar das áreas embargadas, pois elas estão associadas a crime ambiental. Portanto, não pode ter produção associada a essas áreas, e para retirar os bens embargados”, alertou, referindo-se ao fato de que a produção dessas áreas não poderá ser comercializada.
A ministra disse ainda que não sabe os motivos desse desmatamento desenfreado e que as causas estão sendo avaliadas em campo. Para ela, a ação dos proprietários de áreas não deve estar relacionada à desenvolvida pelo Congresso Nacional, trata de desmatamentos feitos até 2008.
“Estamos em campo verificando a relação de causa e efeito, e isso depende de avaliação do governo do Estado, de propriedades licenciadas, de autorizações sobre proteção de vegetação e autorização de queima. Tudo isso é competência do governo do Estado”, explicou quando questionada sobre o assunto sobre os proprietários estarrem desmatando áreas na esperança de garantir averbação com o novo código florestal.
A comitiva também visitou a sede da Empresa de Pesquisas Agropecuárias (Empaer) que está sendo construída em Sinop, e depois áreas que foram desmatadas ilegalmente.
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